Centrais de Abastecimento Farmacêutico do Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2023.141.0850Resumo
Objetivos: O objetivo deste estudo foi descrever as Centrais de Abastecimento Farmacêutico (CAFs) de municípios do Rio Grande do Sul, quanto à estrutura, aos processos realizados e os resultados obtidos. Métodos: Trata-se de um estudo de caráter transversal e descritivo cuja coleta de dados deu-se por visitas às CAFs de 29 municípios. Além de entrevistas in loco, utilizando um questionário elaborado a partir da revisão da literatura, realizou-se análise de documentos e observação direta da estrutura e das condições de armazenamento. Resultados: Os resultados mostram que o registro do controle diário de temperatura e umidade era realizado em 84,6% e 76,9% das CAFs respectivamente e todas aquelas que possuíam refrigerador para os termolábeis, realizavam o controle destes parâmetros. A maioria das centrais que armazenavam medicamentos sujeitos a controle especial utilizavam uma sala separada e com chave (75,0%). No recebimento dos medicamentos, era realizada a inspeção referente à validade e documentações necessárias (nota fiscal, por exemplo) em 92,3% dos locais. Todas as CAFs utilizavam sistema informatizado para controle de estoque, em seis (23,1%) havia um acúmulo de estoque resultante de demanda superestimada, de recursos aproveitados do ano anterior, excesso de compra ou sazonalidade e 88,5% realizavam inventário. Para que funcionem dentro da legalidade são necessárias algumas documentações como alvará sanitário, que apenas 26,9% das CAFs afirmaram possuir. Conclusão: Na avaliação da etapa de armazenamento da AF, por meio dos componentes: estrutura, processos e resultados, observou-se resultados parcialmente positivos em relação às recomendações técnicas e administrativas para as CAFs, necessitando de melhorias em alguns quesitos.
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