Reações adversas a medicamentos em unidade de oncologia pediátrica de hospital universitário
Palavras-chave:
Farmacovigilância, Serviço Hospitalar de Oncologia, Pediatria, Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionadas a Medicamentos, Sistemas de Notificação de Reações Adversas a Medicamentos, Serviço de Farmácia ClínicaResumo
Objetivo: Realizar análise descritiva de reações adversas a medicamentos (RAM) ocorridas em uma unidade de oncologia pediátrica. Método: estudo transversal retrospectivo com pacientes internados em unidade de oncologia pediátrica no período de junho de 2014 a maio de 2015. As reações foram identificadas por busca ativa em prontuário e relatos da equipe médica e de enfermagem. As RAMs foram classificadas conforme causalidade do algoritmo de Naranjo, bem como previsibilidade e gravidade. Os dados coletados foram tabulados e codificados no programa SPSS para análise. Resultados: foram notificadas 87 RAM. A média de idade dos pacientes que apresentaram reações foi de 9,57 anos, e o número médio de itens na prescrição foi de 17,47. Os antimicrobianos foram a classe terapêutica com mais notificações, 19 (21,84%). A pele foi o local onde ocorreu o maior número de reações, 46 vezes (52,9%). A RAM foi considerada grave em 26,4% dos casos, sendo os antineoplásicos a classe mais relacionada com esta severidade de reação, e moderada em 61,6% das vezes. A reação foi classificada como provável em 56 (64,4%) das ocasiões e a previsibilidade foi considerada de tipo A em 63 (82,4%) dos eventos. Conclusões: as reações ocorreram com mais frequência com o uso de antimicrobianos, antimicóticos e antineoplásicos. A maioria dos eventos teve manifestações cutâneas e foi de severidade moderada, permitindo um reconhecimento mais fácil e manejo menos complexo pela equipe. O farmacêutico clínico insere-se como parte importante no papel de prevenir, detectar, notificar e acompanhar RAM em oncologia pediátrica, levando a ações que promovam o uso seguro dos medicamentos.
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