Intervenções de farmacêuticos clínicos em um hospital de emergência
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2022.131.0731Resumo
Objetivo: Identificar os tipos de intervenções realizadas por farmacêuticos clínicos em unidade de terapia intensiva e na emergência de um hospital no interior da Bahia. Métodos: Estudo transversal, realizado em um hospital que atende a 27 municípios, no período de maio a agosto de 2019. Foi utilizado um formulário elaborado para a pesquisa, sendo consideradas as intervenções realizadas no prontuário do paciente. O teste Qui-quadrado de Pearson foi utilizado para comparar as proporções das variáveis categóricas. Resultados: Realizouse 814 intervenções em 102 pacientes, sendo a mediana de 14 e intervalo interquartil de 23. Das intervenções mais frequentes 36,2% foram relacionadas à interação medicamentosa sendo que 99.2% foram monitoradas (p<0.001); 10,8% intervenções de ajuste da dose pela função renal com 72.7% não aceitas (p<0.001); 8,5% para a posologia com 73.9% não aceitas (p<0.001) e 6,1% de intervenções que envolveram orientações para enfermagem que foram monitoradas (p<0.001). Do total de intervenções, 63,8% ocorreram na unidade de terapia intensiva, 52,7% em pacientes do sexo masculino e 66,7% em pessoas com idade ≥ 60 anos. Em relação ao uso de alerta, 53.4% das intervenções que foram aceitas tinham alerta (p<0.001). Quanto aos profissionais a quem se referiram: 46,7% direcionadas à equipe médica; 44,9% para mais de um profissional; 5,8% para enfermeiros; e 2,6% para técnicos de enfermagem. Os medicamentos relacionados às intervenções realizadas foram agrupados de acordo com a classificação ATC, sendo: 20,5% do grupo J-Anti-infecciosos, 18,8% do grupo A-Trato alimentar e metabolismo; 12,4% do grupo C-Aparelho cardiovascular. Conclusão: O número de intervenções realizadas, bem como a população e os setores assistidos demonstram a importância do farmacêutico clínico inserido na equipe multiprofissional no cuidado ao paciente gravemente enfermo.
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