Fatores associados a prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos em um hospital público
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2021.122.0586Resumo
Objetivo: Avaliar os fatores associados a prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos (MPI) em um hospital público. Métodos: Foi realizado um estudo transversal prospectivo, cujos os dados foram coletados nos prontuários de pacientes idosos, internados na clínica médica de um hospital público, por um pesquisador treinado, não integrante do quadro de funcionários. A coleta ocorreu entre novembro de 2018 a janeiro de 2019. Foram incluídos os prontuários de pacientes com idade a partir de 60 anos, que tivessem em uso de pelo menos um medicamento alopático intra-hospitalar, com mínimo de 48h de internamento. Foram excluídas as prescrições ilegíveis, ou que tivessem unicamente fitoterápicos e/ou suplementos vitamínicos. Classificou-se os MPI de acordo com os Critérios de Beers, atualização de 2019. Fez-se análise descritiva dos dados através de frequências, médias e desvio padrão e análise bivariada através dos testes Qui-quadrado e Exato de Fisher, com nível de significância p<0,05, utilizando o software e SPSS® v.21.0. Resultados: Analisou-se 42 prontuários de idosos, onde identificou-se prevalência de 100% de uso de MPI e polifarmácia. O número de MPI por paciente teve associação significativa com o sexo feminino (p=0,020), sendo maior a prevalência de idosas que utilizaram entre 1 a 4 MPI (64,1%); diagnóstico (p=0,006), sendo maior a prevalência de idosos com doenças do trato circulatório (54,5% em uso de 1-4 MPI), doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (85,7% em uso de 1-4 MPI) e doenças do aparelho circulatório (83,5% em uso ≥5 MPI); polifarmácia (p=0,002) com maior prevalência de idosos que usaram quantidade ≥10 medicamentos (52 %, em uso ≥ 5 MPI). As principais classes terapêuticas dos MPI foram do trato alimentar e metabolismo (46%) e sistema nervoso (22%). Conclusão: Conclui-se que a prescrição de MPI foi muito elevada, onde todos os idosos deste estudo foram expostos, estando significativamente associada ao sexo feminino, à polifarmácia, e a diagnósticos relacionados a comorbidades crônicas. É necessária a sensibilização da equipe para adoção de estratégias e práticas mais seguras no uso desses medicamentos no intuito de minimizar a exposição dos idosos a possíveis riscos.
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