Potenciais interações medicamentosas em adultos e idosos no ambiente hospitalar
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2023.143.0971Resumo
Objetivo: determinar a prevalência de interações medicamentosas potencialmente graves em pacientes adultos e idosos no ambiente hospitalar público, misto e privado. Métodos: estudo transversal com prescrições de 27.088 pacientes maiores de 18 anos divididos entre os grupos “Adultos” e “Idosos”, de seis hospitais públicos e cinco hospitais mistos e privados em três regiões do Brasil em fevereiro de 2023. Os dados foram coletados da plataforma NoHarm, ferramenta utilizada para organizar o processo de trabalho do farmacêutico clínico. Foram analisadas potenciais interações medicamentosas classificadas como graves ou contraindicadas. Resultados: um total de 128.143 prescrições foram incluídas no estudo, sendo 47,8% do grupo dos adultos e 52,2% do grupo dos idosos. A presença de, pelo menos, uma interação potencial no total de prescrições foi igual a 22,3%, sendo mais frequente na população idosa (24,5% vs. 19,9%, P < 0.001), do sexo masculine (24,7% vs. 20,2%, P < 0,001), internada em hospital público (27,8% vs. 16,1%, P < 0,001) e com maior quantidade de itens prescritos (18 vs. 3 itens, P < 0,001). O total de interações medicamentosas encontradas foi de 71.047, sendo mais prevalentes os medicamentos psicoativos e aqueles que atuam no sistema gastrointestinal, tanto no grupo dos adultos (32,9%), quanto no grupo dos idosos (22,4%). Conclusão: este estudo identificou alta prevalência (22,3%) de interações medicamentosas em pacientes hospitalizados, sobretudo entre os pacientes idosos e em hospitais públicos. As classes de medicamentos envolvidos nas interações variaram entre os grupos de adultos e idosos.
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