Conciliação medicamentosa farmacêutica em pacientes ambulatoriais com câncer de mama em um hospital de Ensino

Autores

  • Celina Santos ALMEIDA https://orcid.org/0000-0002-8161-4834
  • Milena Jesus SANTOS
  • Lucimara Mariano DE ANDRADE
  • Juliana Oliveira RIBAS
  • Valmir Paes DA COSTA
  • Jaciara Paixão SILVA
  • Simony Mota SOARES
  • Fábio Ramalho DE AMORIM

DOI:

https://doi.org/10.30968/rbfhss.2023.143.0966

Resumo

Objetivo: definir o perfil farmacoterapêutico, interações medicamentosas e intervenções farmacêuticas, reações adversas em pacientes com câncer de mama em uso quimioterapia endovenosa submetidos ao serviço de conciliação medicamentosa farmacêutica. Métodos: caracterizase como observacional transversal sendo submetido e aprovado pelo Comitê de ética, com o número CAAE: 66439017.3.0000.5546. Foram coletados dados a partir das fichas de conciliação medicamentosa e dados de planilhas do serviço de farmácia cínica. Resultados: Foram analisadas 31 conciliações medicamentosas farmacêuticas no período de setembro a outubro de 2022, de um total de 70 pacientes com câncer de mama em quimioterapia endovenosa. A maioria dos pacientes, 97% (n=30) eram mulheres, a média de idade foi 52,51 anos. Quanto a escolaridade, apenas 32,3% (n=10) tinham ensino médio completo. O protocolo AC-T (Doxorrubicina, ciclofosfamida e paclitaxel) foi o mais utilizado (38,7% n=12). A maioria dos pacientes 67,7% (n=21) tinham outras comorbidades sendo hipertensão arterial a mais comum. A média de medicamentos em uso contínuo por paciente foi de 3,38, sendo que 45,2% (n=14) usavam 4 ou mais medicamentos o que caracteriza polifarmácia, além do uso de chás medicinais que foi identificado em 50% (n=12) dos pacientes. Encontrou-se discrepâncias nessas conciliações medicamentosas em 83,9% (n=26) dos pacientes. Além disso, foram observadas 91 interações medicamentosas, sendo uma média de 2,9 interações por paciente. Em relação as intervenções farmacêuticas foram identificadas 24 possíveis intervenções, apresentando uma média de 0,77 intervenções por paciente. A maioria dos pacientes (61,3% n=19) apresentou alguma reação adversa desde a última sessão de quimioterapia. Conclusão: os resultados reforçam a importância do profissional farmacêutico e da reconciliação medicamentosa em pacientes ambulatoriais garantindo a segurança e efetividade dos tratamentos.

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Publicado

2023-09-27

Como Citar

1.
ALMEIDA CS, SANTOS MJ, DE ANDRADE LM, RIBAS JO, DA COSTA VP, SILVA JP, SOARES SM, DE AMORIM FR. Conciliação medicamentosa farmacêutica em pacientes ambulatoriais com câncer de mama em um hospital de Ensino. Rev Bras Farm Hosp Serv Saude [Internet]. 27º de setembro de 2023 [citado 22º de dezembro de 2024];14(3):966. Disponível em: https://rbfhss.org.br/sbrafh/article/view/966

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS