Avaliação do perfil das intervenções realizadas pelo farmacêutico clínico e multidisciplinares após a implantação da metodologia FASTHUG em uma unidade de terapia intensiva
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2023.142.0952Resumo
Objetivo: Avaliar o perfil das intervenções farmacêuticas e multidisciplinares após implantação do mnemônico FASTHUG em reunião multidisciplinar de uma unidade de terapia intensiva adulta e a presença de um farmacêutico clínico nesta equipe. Métodos: Estudo transversal, onde foram acompanhados 225 pacientes, por meio da análise dos dados demográficos e clínicos a partir de prontuário eletrônico disponibilizados pelo serviço de farmácia clínica do Hospital Universitário do Oeste do Paraná e avaliação das intervenções realizadas através dos indicadores de acompanhamento. As intervenções multidisciplinares e farmacêuticas foram registradas durante as reuniões multidisciplinares e classificadas de acordo com o mnemônico FASTHUG, que abrange aspectos como alimentação, analgesia, sedação, profilaxia de tromboembolismo, cabeceira elevada, profilaxia de úlcera de estresse e controle glicêmico. Resultados: Foram realizadas 1078 intervenções, com uma média de 4,79 intervenções por paciente acompanhado. As intervenções multidisciplinares mais frequentes foram acréscimo de medicamento necessário 248 (27,2%), otimização de dieta 145 (15,9%), otimização de analgesia 128 (14%), otimização do controle glicêmico 109 (12%), otimização da frequência de administração e suspensão de medicamento não necessário, ambos 68 (7,5%). Já as intervenções farmacêuticas mais comuns foram otimização da frequência de administração 40 (24,3%), acréscimo de medicamento necessário 18 (11%), suspensão de medicamento não necessário 17 (10,3%) e alteração de redução de dose 15 (9,1%). Em relação aos desfechos dos pacientes, 75,1% receberam alta para a enfermaria, 24,4% foram a óbito e 0,4% foram transferidos para outro hospital. Conclusão: A implantação do mnemônico FASTHUG em uma unidade de terapia intensiva proporcionou uma padronização na linguagem entre a equipe multidisciplinar durante as reuniões clínicas, bem como, possibilitou a avaliação de pontos essenciais a farmacoterapia pelo farmacêutico clínico.
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