Boas práticas na dispensação de materiais e medicamentos em uma home care em Porto Alegre/RS sobre o olhar técnico-científico
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2023.143.0946Resumo
Objetivo: Analisar o processo de dispensação de materiais e medicamentos de uma empresa home care de Porto Alegre/RS, a fim de criar possíveis ações de boas práticas a serem utilizadas durante os processos de dispensação futuros, bem como contribuir na melhoria do atendimento prestado. Método: A pesquisa contou com uma abordagem quanti-quali: um estudo documental, para analisar a ocorrência de possíveis falhas/quase falhas nos registros de requisição de dispensação de materiais e medicamentos; e um estudo de caso, com intuito de investigar e contribuir com possíveis boas práticas a serem aplicadas durante as dispensações futuras. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se um questionário, com perguntas abertas, fechadas e de múltipla-escolha, para que pudessem ser coletadas opiniões dos profissionais de Farmácia atuantes, nos processos de dispensação de materiais e medicamentos em diferentes cenários existentes. Resultados: Através deste estudo, pode-se verificar que durante a imersão na empresa, houve um percentual baixo de falhas/quase falhas durante a dispensação de materiais e medicamentos aos pacientes, e que a falha/quase falha de maior ocorrência foi a “distração do profissional de Farmácia durante os processos de dispensação”. Conclusão: O desenvolvimento desta pesquisa possibilitou a partir do aprofundamento bibliográfico e da análise dos resultados, estabelecer e implementar boas práticas nos processos de dispensação de materiais e medicamentos da empresa home care estudada. entre as boas práticas obtevese a criação de uma cartilha de conscientização dos colaboradores que atuam diretamente com a dispensação; atualizou-se todo o cadastro de medicamentos, usando como base o método CD3, atualizou-se os itens com escrita/aparência/sonografia semelhantes; bem como separou-se em prateleiras diferentes e melhorou-se as formas de identificação, dos itens que possuíam rotulagem ou embalagens semelhantes. Espera-se que, com estas boas práticas estes profissionais possam minimizar as falhas/quase falhas observadas, nas dispensações futuras.
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