Farmacovigilância: perfil e notificações das reações adversas a medicamentos em hospital de ensino
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2023.142.0932Resumo
Objetivo: Identificar o perfil das reações adversas a medicamentos (RAM) em um hospital público universitário e terciário após a inclusão da busca ativa, por meio de rastreadores, no serviço de farmacovigilância, bem como informar aos gestores sobre os dados epidemiológicos das RAM. Método: Estudo observacional, descritivo e exploratório realizado em um hospital escola terciário do oeste do Paraná, entre julho e dezembro de 2018. A busca foi realizada através da consulta do banco de dados do programa Microsoft Office Excel® do Serviço de Farmacovigilância e do Setor de Qualidade e Segurança do Paciente (SQSP). Identificou o perfil das reações adversas a medicamentos e notificações ao serviço de farmacovigilância quanto ao sistema de notificação espontânea e rastreadores por busca ativa, bem como fez um breve levantamento de custos relacionados ao tema. Resultados: No período estudado foram relatadas 536 notificações, 74 destas foram consideradas reações adversas. A equipe do hospital que notificou com maior frequência foi a dos profissionais da enfermagem. Os rastreadores relacionados aos antialérgicos e antídotos de anticoagulantes foram os mais sensíveis com valor preditivo positivo de 9 e 3%, respectivamente. O Pronto Socorro (PS) foi a ala com maior número de notificações (215), principalmente pelo uso dos rastreadores. Os medicamentos com a maior prevalência foram a morfina (17%) e a dipirona (10%). O custo exclusivo das reações foi R$ 1.097,56. Conclusão: Conclui-se que o estudo permitiu caracterizar os principais rastreadores de RAM após inclusão da busca ativa e que são necessárias ações intra-hospitalares para combater a subnotificação de modo a garantir eficácia e segurança terapêutica.
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