Análise das intervenções farmacêuticas em unidade de terapia intensiva COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2022.133.0826Resumo
Objetivo. Avaliar os dados das intervenções farmacêuticas realizadas em uma unidade de terapia intensiva (UTI) dedicada a COVID-19. Metodologia. Estudo transversal retrospectivo, realizado em UTI dedicada a COVID-19 de um hospital universitário no Rio de Janeiro, durante o período de janeiro a junho de 2021. Foram analisados dados obtidos de intervenções farmacêuticas registradas em formulários de acompanhamento farmacoterapêutico, realizado por uma equipe de farmacêuticos clínicos e residentes, a partir da atuação in loco junto à equipe multiprofissional. A revisão diária da farmacoterapia e avaliação clínica dos pacientes, foi baseada na adaptação do mnemônico FASTHUG-MAIDENS, e as intervenções realizadas compiladas em planilha online do Google Drive. Os problemas relacionados a medicamentos identificados foram categorizados conforme os tipos de erros de medicação envolvidos, e os medicamentos citados classificados segundo o Anatomical Therapeutic Chemical Code (ATC). Foram excluídos da análise os formulários que não continham intervenções registradas. Resultados. Foram acompanhados 223 pacientes, sendo realizadas 1.140 intervenções farmacêuticas, com média de 5,1 intervenções por paciente e taxa de aceitação de 85,2%. Entre os problemas relacionados à medicamentos, categorizados como erros de medicação, os que apresentaram maior frequência de intervenções foram omissões de doses ou medicamentos (357), prescrições inadequadas (169) e doses incorretas (168). Entre as classes de medicamentos mais frequentemente envolvidas nas intervenções, aparelho digestivo e metabolismo (243) e sistema nervoso (221) obtiveram o maior número de recomendações registradas. Em relação aos outros tipos de erros de medicação registrados (161), 91 intervenções foram relacionadas à rupturas e variabilidade no estoque, como reflexo do desabastecimento de medicamentos causado pela COVID-19. Conclusão. O farmacêutico, enquanto parte da equipe multiprofissional, otimiza o acompanhamento farmacoterapêutico e auxilia na identificação e prevenção de problemas relacionados aos medicamentos. Os dados obtidos, apontam questões farmacoterapêuticas específicas que necessitam de maior atenção durante o acompanhamento realizado no cenário observado, e podem orientar a formulação de ações voltadas à segurança do paciente e protocolos voltados ao uso de medicamentos.
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