Custos da terapia com medicamentos antibacterianos em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um hospital filantrópico
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2022.132.0761Resumo
Objetivo: Avaliar os custos com o tratamento antibacteriano em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) de um hospital filantrópico, pelo período de um ano. Foram analisados os custos unitários e totais e, utilizando-se o método da curva ABC, foi feita a classificação dos antibacterianos. Métodos: Estudo de análise direta de custos da terapêutica com antibióticos injetáveis de uso intravenoso, realizado a partir da avaliação dos dados de dispensação obtidos do software de gestão da instituição (Sistema SALUX) na Farmácia Central do hospital. O estudo compreendeu o período de janeiro a dezembro de 2020. Resultados: Estiveram internados 191 pacientes ao longo de 2020 e foram distribuídas 2.214 ampolas de diversos antibacterianos, a um custo total de US$ 1.113,25. O medicamento cefepime (67 ampolas) representou um custo de US$ 394,45 (35,4% do custo total em antibacterianos), alcançando o maior valor unitário. Ampicilina 500 mg e gentamicina 20 mg foram os mais dispensados com 915 e 575 ampolas, respectivamente. Pela classificação da curva ABC, quatro antibacterianos foram agrupados na categoria A e somaram 79,75% do percentual acumulado (AP) dos custos totais. Outros quatro itens estão na categoria B (AP de 93,99%); enquanto a categoria C representou menos de 10% do custo total. Conclusão: As evidências do estudo sugerem que a prescrição e a dispensação de antibióticos para a UTIN parecem estar de acordo com as orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria, uma vez que ampicilina e gentamicina foram os antibióticos mais prescritos com baixo custo para a administração econômica do hospital. Ainda, de acordo com o uso global de antibióticos, estes não demonstram ter impacto econômico alto frente aos custos totais de internação e tratamento dos pacientes.
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