Acompanhamento farmacoterapêutico e fatores preditores de problemas relacionados ao uso de medicamentos no cuidado intensivo pediátrico
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2022.131.0722Resumo
Objetivos: descrever e analisar os resultados do serviço de acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica - UTIP de um hospital público de Minas Gerais. Métodos: estudo transversal, com coleta e análise de dados dos pacientes atendidos pelo serviço de farmácia clínica, de junho a novembro de 2020. Os critérios para seleção eram: uso de antimicrobianos, ventilação mecânica, sedoanalgesia, aminas vasoativas, corticoides endovenosos, anticonvulsivantes, e participação nas linhas de cuidado: diabetes, anemia falciforme, fibrose cística e cuidados paliativos. Os pacientes eram acompanhados à beira leito, a identificação e classificação de Problemas Relacionados ao uso de Medicamentos (PRM) seguia o método PharmacoterapyWorkup, utilizando-se protocolos institucionais e bases de dados em saúde: UpToDate® e MICROMEDEX® 2.0, como referência. Para os PRM identificados, eram propostas intervenções farmacêuticas por meio de contato verbal direto com o profissional alvo e os desfechos eram acompanhados pelos farmacêuticos. Os dados coletados foram compilados no Microsoft Excel 2019, e analisados no EpiInfo 7.2.4.0. Resultados: foram identificados 283 PRM, com predominância do PRM 4 (subdose, 26,9%), seguido pelo PRM 5 (reação adversa a medicamento, 18,7%). Entre os principais medicamentos envolvidos, estavam os antimicrobianos (23,0%) e inibidores de bomba de prótons (17,0%). O uso de mais de nove medicamentos OR 3,7706 [2,0999-6,7704], o tempo de internação superior a dez dias OR 10,8672 [5,5486-21,2839], e a presença de mais de duas comorbidades OR 1,9091 [1,0882-3,3493] estiveram associadas à ocorrência de PRM. Sexo, idade, peso, MPP prescritos e insuficiência renal/hepática não foram estatisticamente significativos. Entre as 284 intervenções propostas, a mais frequente foi a alteração na farmacoterapia (81,3%) e a taxa de aceitabilidade foi de 68,3%. A maioria dos PRM identificados foram resolvidos (68,9%). Conclusão: a expressiva taxa de resolução de PRM aponta para uma relevante contribuição dos farmacêuticos clínicos na melhoria da qualidade e da segurança da assistência em UTIP.
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