Farmácia clínica e vancocinemia: da monitorização terapêutica à mudança de conduta nas unidades de internação
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2021.124.0697Palavras-chave:
monitorização terapêutica, vancomicina; terapia renal substitutiva.Resumo
Objetivo: Comparar, por meio da concentração plasmática, a dose prescrita (dose de ataque e dose plena) de vancomicina em pacientes submetidos a hemodiálise no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Maringá. Método: Estudo de coorte retrospectiva, com pacientes internados no período de julho/2020 à julho/2021 e que estavam em terapia renal substitutiva e fizeram uso de vancomicina. Os dados foram coletados do prontuário eletrônico considerando as concentrações séricas e informações clínicas dos pacientes, sendo organizados em planilhas e a comparação das medianas dos dois grupos realizadas pelo testes estatísticos de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. Resultado: Um total de 51 pacientes foram incluídos no estudo, sendo 13 que receberam dose de ataque média de 19,01 mg/kg e 38 pacientes com dose plena (1.000mg a cada 8 - 12h) antes do ajuste para diálise, com mediana de idade de 55 anos e 64,5 anos, respectivamente. A quantidade de ajustes farmacêuticos realizados, considerando a concentração sérica e o número de vales realizados, foram semelhantes nos dois grupos. Já o primeiro vale obtido foi estatisticamente menor nos pacientes com dose de ataque (20 μg/mL) ao comparar com dose plena (33,2 μg/mL). Ademais, o grupo dose plena apresentou cerca de 60% dos resultados de vales, durante o tratamento, acima da faixa terapêutica recomendada. Não foi possível avaliar falha terapêutica e sobrevida dos pacientes. Conclusão: Os pacientes que receberam dose de ataque atingiram o nível sérico terapêutico de vancomicina mais rapidamente e com menor risco de toxicidade, mantendo-se dentro do alvo durante todo o tratamento.
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