Covid-19 no Rio de Janeiro/Brasil: esforços dos serviços de farmácia hospitalar
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2021.123.0624Resumo
Objetivo: Investigar os esforços dos serviços de farmácia hospitalar em hospitais públicos do Brasil durante a pandemia do coronavírus. Métodos: Um estudo transversal sobre a prática e os serviços de farmácia hospitalar em hospitais da cidade do Rio de Janeiro (Brasil) foi desenvolvido. A pesquisa online consistia de 22 perguntas (3 questões de múltipla escolha, 14 questões de sim/não e 5 questões de resposta livre), a qual foi aplicada para 20 farmacêuticos de 6 hospitais diferentes no período de 15 a 30 de setembro de 2020. Uma análise descritiva dos dados foi realizada por meio de estimativas de proporções. Resultados: Nós observamos que 12 dos 20 farmacêuticos participantes foram treinados sobre novos protocolos e práticas. Dois hospitais reorganizaram sua equipe da farmácia hospitalar em dois grupos: (1) gestão de insumos para COVID-19 e (2) gestão de insumos para outras doenças ou complicações. Foi encontrado que 3 dos 6 hospitais adotaram exclusivamente um sistema de prescrição médica eletrônica e todos os seis utilizaram sistema de dispensação individualizada. Pelo menos, um farmacêutico de cada hospital relatou falta ou escassez de um ou mais medicamentos utilizados no tratamento da COVID-19. Seis principais causas para essa escassez de medicamentos foram citadas e 5 hospitais apontaram duas delas: aumento do custo de produção e quantidade insuficiente de matéria-prima. Além disso, observou-se que medicamentos essenciais para UTI, como ceftriaxona, azitromicina, fentanil e midazolam foram os mais prescritos, sendo esses citados por 5 hospitais. Conclusão: Neste estudo, mostrou-se que os serviços de farmácia, dos seis hospitais públicos da cidade do Rio de Janeiro, precisaram ser ajustados e redesenhados para combater a COVID-19. Além disso, nosso trabalho pode contribuir para uma maior compreensão da comunidade farmacêutica sobre seus desafios na luta contra a COVID-19 e prover sugestões positivas para melhorar as práticas farmacêuticas.
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