Reconciliação medicamentosa no pronto socorro – atuação do farmacêutico clínico
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2021.121.0596Resumo
Objetivos: Identificar e classificar as frequências e tipos de intervenções farmacêuticas relacionadas a reconciliação medicamentosa realizadas no pronto socorro hospitalar. Métodos: Estudo retrospectivo seccional das reconciliações medicamentosas realizadas no pronto socorro de um hospital referência em cardiologia no período de 11 de junho a 11 de agosto de 2019. Foram selecionados para o estudo todos os pacientes admitidos no setor e período correspondente e que foram reconciliados. Os medicamentos de uso contínuo dos pacientes foram classificados conforme a Classificação Anatômico Terapêutico Químico e em reconciliados, não reconciliados ou reconciliados após intervenção farmacêutica. Foram consideradas tipos de intervenções farmacêuticas: sugestões para correção de omissão de medicamentos de uso contínuo dos pacientes, dose ou frequência dos mesmos. As intervenções foram classificadas em aceitas ou não aceitas. Os pacientes foram divididos em dois grupos: sem discrepâncias ou discrepâncias intencionais (G1) e com discrepâncias não intencionais (G2). Os grupos foram comparados através do teste de T de Student (dados contínuos) e qui-quadrado (x2) ou teste exato de Fisher (variáveis categóricas), considerando significância estatística valores de p <0,05. Foram analisadas 182 admissões, com um número médio de medicamentos de uso contínuo de 4,9 ± 3,6 medicamentos por paciente. Dos 900 medicamentos de uso contínuo dos pacientes, foram encontradas discrepâncias em 227 medicamentos na prescrição médica na admissão pelo pronto socorro, sendo 48,9% discrepâncias intencionais e 51,1% discrepâncias não intencionais. Em relação às discrepâncias não intencionais 81% foram de correção de omissão do medicamento na prescrição médica; 9,5% de correção de dose divergente do uso contínuo do paciente e frequência de administração respectivamente e todas foram ajustadas após intervenção farmacêutica. Foram realizadas 139 intervenções farmacêuticas para corrigir as discrepâncias medicamentosas, com 83,5% de aceitação pela equipe médica. Dentre todos os medicamentos analisados, 51,8% tinha pelo menos uma falha de registro pela equipe médica e/ou de enfermagem. A presença do farmacêutico no pronto socorro reduziu a incidência de discrepâncias não intencionais relacionadas à reconciliação medicamentosa, através de intervenções para correção de omissão de medicamentos, ajuste de dose e frequência, sendo um importante elemento para a segurança do paciente.
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