Fatores associados à alta complexidade da farmacoterapia de pacientes pediátricos com doença renal crônica
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2020.114.0511Resumo
Objetivo: Analisar os fatores associados a alta complexidade da terapia em pacientes pediátricos com doença renal crônica. Métodos: Estudo transversal, realizado com pacientes atendidos em um ambulatório multiprofissional de um hospital público de ensino. Todos os pacientes atendidos nos meses de julho a setembro de 2019 foram incluídos no estudo e os dados foram coletados a partir do prontuário e formulário de acompanhamento farmacoterapêutico. A variável dependente do estudo foi a complexidade da farmacoterapia, mensurada pelo Índice de Complexidade da Farmacoterapia, e as variáveis independentes foram sexo, idade, número de doenças, número de medicamentos, adesão ao tratamento e acesso aos serviços de saúde. A complexidade foi considerada alta quando o Índice de Complexidade da Farmacoterapia (ICFT) foi maior que 13,5 pontos. A associação entre a ocorrência de alta complexidade da farmacoterapia e as variáveis independentes foi realizada utilizando-se o teste de qui-quadrado de Pearson e teste exato de Fisher. Para análise univariada e multivariada, a magnitude da associação foi expressa pelo odds ratio com intervalo de confiança de 95%. Resultados: Todos os pacientes atendidos no período estudado, foram incluídos no estudo (n=31). 67,7% dos pacientes (n=21) usava pelo menos quatro medicamentos e a mesma porcentagem apresentou complexidade da farmacoterapia alta, sendo associada ao número de medicamentos utilizados (p<0,001). No que se refere à classe de medicamentos, a mais utilizada foi a de medicamentos que atuam no sistema cardiovascular, 30% (n=30). O medicamento mais utilizado pelos pacientes foi bicarbonato de sódio (n=22; 70%). Conclusão: A alta complexidade da farmacoterapia apresentou associação direta com o número de medicamentos utilizados. A maioria dos pacientes incluídos no estudo apresentou alta complexidade da farmacoterapia, sugerindo a importância da avaliação do ICFT em crianças para otimizar o tratamento e, consequentemente, melhorar a segurança do paciente pediátrico.
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