Adesão às diretrizes de manejo de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia em um hospital público terciário
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2020.113.0487Resumo
Objetivos: Avaliar se a profilaxia antiemética prescrita a pacientes expostos à quimioterapia está em conformidade com a diretriz Antiemesis publicada pela National Comprehensive Cancer Network (NCCN) versão 3.2018. Métodos: Foi realizada revisão da farmacoterapia, considerando as prescrições de antieméticos de pacientes adultos sob tratamento com antineoplásicos de moderado e alto potencial emetogênico, assistidos ambulatorialmente em um hospital público terciário, no período de maio a setembro de 2019. As informações constantes nas prescrições foram confrontadas com as recomendações da diretriz em relação à seleção da classe terapêutica do antiemético, dose, via de administração, regime posológico e tempo de tratamento, sendo avaliada a profilaxia prevista para as fases aguda e tardia. Resultados: Foram incluídos 87 pacientes, dos quais 38 e 49 utilizaram quimioterápicos de alto e moderado potencial emetogênico, respectivamente. Nas prescrições contendo quimioterápicos altamente emetogênicos, a terapia antiemética prevista para a profilaxia de fase aguda foi prescrita de forma incorreta para 9 pacientes (23,7%), sendo o problema encontrado subdose de dexametasona (16,7%). Na fase tardia, foram identificados problemas nas prescrições de 35 pacientes (92,1%), incluindo prescrição de medicamento inadequado (57,4%), uma vez que continham ondansetrona, não prevista pela diretriz nesta fase, e necessidade de dexametasona como medicamento adicional (18,5%). Para 22 pacientes (44,9%) expostos à quimioterapia de moderado potencial emetogênico, foi prescrito o esquema agudo de forma incorreta, sendo os principais problemas identificados prescrição de dexametasona em sobredose (21,2%) e necessidade de dexametasona como medicamento adicional (5,0%). Profilaxia antiemética tardia foi prescrita incorretamente para 45 deles (91,8%), sendo duração superior do tratamento com ondansetrona (26,2%), necessidade de dexametasona ou ondansetrona como medicamento adicional (23,7%) e duplicidade terapêutica (12,5%) os problemas encontrados. Conclusão: Sugere-se a implementação de estratégias voltadas ao aumento da adesão às recomendações das diretrizes pelos prescritores, assim como acesso aos medicamentos considerados essenciais.
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