Resistência a antimicrobianos e tratamento com vancomicina na sepse neonatal em hospital do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2020.113.0472Resumo
Objetivos: Avaliar o perfil de resistência aos antimicrobianos das cepas isoladas de neonatos com septicemia em tratamento com vancomicina, determinar a concordância do tratamento com o protocolo referência e com as hemoculturas, avaliar a presença de lesão renal aguda (LRA) e o desfecho clínico em um hospital no Brasil. Métodos: Estudou-se 51 neonatos submetidos ao tratamento com vancomicina no período de janeiro a dezembro de 2017. A avaliação do tratamento foi baseada na verificação da sua concordância com o Protocolo de Uso Racional e Seguro de Antibióticos em Neonatologia e com a hemocultura. A determinação da presença de LRA foi baseada nos resultados de creatinina sérica. Os dados foram obtidos do prontuário e do sistema informatizado do laboratório. Resultados: A principal cepa isolada foi Staphylococcus (coagulase negativa) (82,9%), a qual apresentou 93,5% de resistência à oxacilina para as infecções precoces e 100% para as infecções tardias. A mesma cepa apresentou 54,8% de resistência à gentamicina para os casos de sepse precoce e 66,6% para sepse tardia. Não houveram casos de resistência à vancomicina. Os tratamentos concordaram com o protocolo referência em 46,3% e com os resultados das hemoculturas em 56%. Foram observados apenas dois casos de LRA. Conclusões: As cepas de estafilococos coagulase negativa resistentes à oxacilina foram as principais causadoras da sepse neonatal. O uso de gentamicina para as cepas sensíveis pode reduzir o uso de vancomicina. Os resultados sugerem a necessidade de maior padronização do tratamento para redução do risco de toxicidade e uso racional dos recursos terapêuticos.
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