Avaliação de um modelo semiestruturado para registro do acompanhamento farmacoterapêutico no âmbito hospitalar

Resumo

Introdução: O registro das atividades realizadas pelo profissional de saúde deve compor o prontuário do paciente, cujo papel fundamental é a comunicação. Uma maneira de facilitar o registro é a criação de modelos semiestruturados. Objetivo: avaliar a aplicabilidade e reprodutibilidade de um modelo semiestruturado para o registro acompanhamento farmacoterapêutico no âmbito hospitalar. Métodos: Foi utilizada uma amostragem por conveniência de quinze farmacêuticos clínicos atuantes em hospitais públicos de Minas Gerais. Os participantes receberam o modelo semiestruturado para registro em prontuário e o relato detalhado de dois casos clínicos simulados. Os registros realizados por cada participante foram comparados a um registro padrão – gabarito e os itens de verificação foram avaliados e categorizados em: 1- conforme, 2- parcialmente conforme, e 3- não conforme. Os participantes também responderam a um questionário eletrônico com perguntas relacionadas à experiência e formação clínica. A principal variável avaliada foi o percentual de conformidade, considerando o total de itens avaliados. E para todas as variáveis em estudo foi realizada a apuração de frequência absoluta e relativa. A influência das características individuais dos participantes foi analisada de forma univariada. Resultados: a maioria do grupo (58%) era formada em Farmácia há mais de dez anos e grande parte (83%) relatou ter realizado capacitação na área clínica. As características dos participantes não afetaram os resultados obtidos. O percentual de conformidade global demonstrou um bom desempenho dos farmacêuticos no uso desse modelo (76%) e a maioria dos participantes considerou o modelo com alto grau de aplicabilidade/utilidade (75%). Conclusão: O alto percentual de conformidade alcançado demonstra que o modelo semiestruturado para registro em prontuário desenvolvido nesse estudo foi considerado aplicável pela maioria dos participantes, que também tiveram um bom desempenho em sua utilização, podendo, assim, ser um ponto de partida para que outros farmacêuticos e serviços possam desenvolver seus próprios modelos, adaptados à realidade de cada serviço.