Recomendações farmacêuticas em uma unidade de transplante de um hospital universitário
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2019.104.0361Resumo
Introdução: O paciente transplantado possui uma farmacoterapia complexa, tendo o farmacêutico um importante papel na equipe multidisciplinar. Objetivo: Analisar as recomendações farmacêuticas realizadas durante a hospitalização dos pacientes em uma unidade de transplante hepático e renal. Métodos: Trata-se de um estudo transversal no qual as recomendações farmacêuticas, realizadas no período de maio de 2017 a abril de 2018, foram coletadas a partir dos registros contidos do banco de dados da Unidade de Farmácia Clínica de um Hospital Universitário em Fortaleza, Brasil, sendo categorizadas e analisadas com base na classificação utilizada na instituição. Resultados: Foram realizadas 1241 recomendações farmacêuticas envolvendo 325 pacientes e 1466 medicamentos. As recomendações foram mais frequentes no transplante hepático (54,2%; N = 672), sendo predominantes adequações de dose (18,2%; N = 122) e de diluição/reconstituição (9,8%; N = 66). No transplante renal, as recomendações de educação sobre o uso de medicamentos (17,6%; N =100) e de elaboração de estratégias de adesão ao tratamento (17,6%; N =100) apresentaram predominância. As classes terapêuticas mais frequentes foram os antibacterianos de uso sistêmico (31,2%; N = 458) e os imunossupressores (25,1%; N = 368). As taxas de aceitação das recomendações realizadas no transplante renal e hepático foram de 95,1% (N = 541) e 95,4% (N = 641), respectivamente. Conclusões: O presente estudo obteve alta frequência de recomendações farmacêuticas e esse resultado demonstra que a detecção de problemas relacionados aos medicamentos gera recomendações farmacêuticas que podem contribuir para a redução de resultados negativos associados aos medicamentos e aumentar a segurança do paciente.
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