Intervenções realizadas pelo farmacêutico clínico no ambulatório de transplante renal

Autores

  • Diego Gnatta
  • Elizete Keitel
  • Isabela Heineck

DOI:

https://doi.org/10.30968/rbfhss.2019.103.0355

Resumo

Introdução: O desenvolvimento de novos agentes imunossupressores e outros medicamentos de suporte têm aumentado à complexidade dos tratamentos. Consequentemente, interações medicamentosas potenciais, reações adversas e custos podem comprometer o resultado terapêutico. Embora os farmacêuticos tenham sido envolvidos no cuidado de pacientes após transplantes, poucas equipes de transplante renal podem contar com serviços farmacêuticos. Objetivos: Descrever as intervenções farmacêuticas realizadas para melhorar os resultados do tratamento de pacientes submetidos à transplante renal. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado que foi realizado em um hospital especializado em transplantes no sul do Brasil. O farmacêutico clínico acompanhou 64 pacientes durante um período de 12 meses e realizou intervenções quando identificava um problema relacionado a medicamento. As intervenções farmacêuticas foram categorizadas em “significante”, “muito significante” ou “extremamente significante”. Os Resultados Negativos associados ao uso dos Medicamentos (RNM) foram classificados em relação à efetividade, segurança e necessidade. Resultados: Foram realizadas 226 intervenções farmacêuticas, com uma média de 3,25 ± 2,37 por paciente. Entre elas, 159 (70,4%) foram orientadas ao paciente e 67 (29,6%) à equipe de saúde. Trinta e oito por cento foram classificados como muito significantes. Algumas das intervenções farmacêuticas frequentes foram sugerir a redução de dose do imunossupressor para os médicos, educar pacientes com diabetes mellitus pós-transplante ou em caso de omissão de doses. Foram identificados 114 RNM, 43% relacionados à efetividade, 36% à segurança e 21% à necessidade. O número de rejeição aguda confirmada por biópsia foi 33 (51,6%). A sobrevida livre de rejeição aguda foi de 59,4% no primeiro mês, 53,1% no terceiro mês e 48,3% em 12 meses. Conclusões: O farmacêutico tem um papel importante no ambulatório de transplante renal, identificando problemas e atuando como um dos principais atores para a redução dos RNM.

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Biografia do Autor

Diego Gnatta

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Publicado

2019-09-30

Como Citar

1.
Gnatta D, Keitel E, Heineck I. Intervenções realizadas pelo farmacêutico clínico no ambulatório de transplante renal. Rev Bras Farm Hosp Serv Saude [Internet]. 30º de setembro de 2019 [citado 22º de novembro de 2024];10(3):355. Disponível em: https://rbfhss.org.br/sbrafh/article/view/355

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS