Prevalência do uso de medicamentos que necessitam de ajuste renal em unidades críticas de um hospital público

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DOI:

https://doi.org/10.30968/rbfhss.2024.154.1205

Resumo

Objetivo: Avaliar, dentre os medicamentos mais prevalentemente prescritos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital público de ensino, aqueles que demandam ajuste de dose conforme função renal e apresentar o papel do farmacêutico nesse cenário assistencial. Métodos: Foi realizado um estudo observacional transversal, sendo coletados dados das prescrições de medicamentos por meio de relatórios gerados pelo Sistema de Informação Hospitalar da instituição, no período de 2015 a 2019. Etapa 1: A partir da lista de todos os medicamentos prescritos no período em duas UTIs da instituição, realizou-se o cálculo de prevalência de prescrição. Para os 100 medicamentos com maior prevalência de utilização, foi realizada busca na plataforma Uptodate sobre a necessidade de ajuste de dose pela função renal. Os dados foram compilados em planilha do Microsoft Excel. Etapa 2: os dados compilados foram apresentados para cinco farmacêuticos clínicos da instituição que avaliaram a gravidade e probabilidade de ocorrência do eventual não ajuste de dose dos 10 medicamentos mais prevalentes que o requerem, utilizando a Hazard Score Matrix. Resultados: Dos 100 mais prevalentes, obteve-se um total de 34 medicamentos que necessitam de ajuste de dose, sendo as classes mais predominantes a dos antimicrobianos (41,2%), seguida daqueles relacionados ao sistema cardiovascular (20,6%) e daqueles relacionados ao sistema nervoso central (17,6%). Os medicamentos que apresentaram maior escore quando avaliados pela Hazard Score Matrix foram morfina e insulina regular, seguidos de enoxaparina e cloreto de potássio. Observou-se que o ajuste de dose é necessário não apenas para reduzir quadros de reações adversas ou nefrotoxicidade, mas também para garantir a efetividade terapêutica. Conclusão: Este estudo destacou a importância do ajuste das doses de medicamentos em pacientes críticos com disfunção renal. Muitos dos medicamentos frequentemente prescritos necessitam de alterações nas doses para garantir segurança e efetividade, especialmente aqueles classificados como de “alta vigilância” ou “potencialmente perigosos”, devido à sua faixa terapêutica estreita. A colaboração entre médicos e farmacêuticos é fundamental para a minimização de riscos nesse contexto. Ademais, a utilização de ferramentas de análise de risco, como o HFMEA, facilita a implementação de intervenções preventivas e protocolos de ajuste de dose.

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Publicado

2024-12-11

Como Citar

1.
BINDEMANN D, FRANQUETO L, MENDES AM, ROTTA I. Prevalência do uso de medicamentos que necessitam de ajuste renal em unidades críticas de um hospital público. Rev Bras Farm Hosp Serv Saude [Internet]. 11º de dezembro de 2024 [citado 21º de dezembro de 2024];15(4):e1205. Disponível em: https://rbfhss.org.br/sbrafh/article/view/1205

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS