Caracterização e avaliação de reações imunomediadas dermatológicas associadas a inibidores de checkpoint: um estudo observacional, longitudinal e retrospectivo em um serviço de oncologia de Salvador/BA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30968/rbfhss.2024.152.1129

Resumo

Objetivo: Avaliar as reações imunomediadas dermatológicas em pacientes tratados com inibidores de checkpoint em um centro oncológico de Salvador-BA. Método: Foi realizado um estudo observacional, longitudinal, retrospectivo, descritivo e não controlado, em pacientes submetidos ao tratamento com inibidores de checkpoint (n = 72), durante o período de jan/2021 até dez/2021. Após os critérios de exclusão, o tamanho amostral do estudo resultou em 69 pacientes. Planilhas eletrônicas da ferramenta Excel (Microsoft®) foram utilizadas para tratamento dos dados e análise estatística. A identificação e mensuração da gravidade das toxicidades seguiram os Critérios Comuns de Toxicidade, conforme definidos pelo Common Terminology Criteria for Adverse Events (CTCAE), versão 5.0. Resultados: A investigação constatou 84 reações imunomediadas dermatológicas ocorridas em 44 pacientes (63,77%), com maior frequência para pele seca (37%), rash maculopapular (26%) e prurido (20%). O regime com maior incidência de reações foi aquele que incluía o pembrolizumabe, com 47 ocorrências. A gravidade das toxicidades imunomediadas dermatológicas variou de grau 1 a grau 2, indicando um bom perfil de segurança para esses medicamentos. As principais estratégias de gerenciamento incluíram o uso de emolientes, aumento da ingestão de líquidos e a administração de anti-histamínicos e corticosteroides. Conclusão: Os achados deste estudo são consonantes com as evidências da literatura clínica e destacam a importância da compreensão aprofundada dos fatores relacionados à toxicidade da imunoterapia, de maneira a detectar prematuramente essas reações, otimizando o manejo e prevenindo complicações mais graves.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Puzanov I, Diab A, Abdallah K, et al. Managing toxicities associated with immune checkpoint inhibitors: consensus recommendations from the Society for Immunotherapy of Cancer (SITC) Toxicity Management Working Group. J Immunother Cancer, 2017; 5 (1): 95. DOI: 10.1186/s40425-017-0300-z

Wang JJ, Lei KF, Han F. Tumor microenvironment: recent advances in various cancer treatments. Eur Rev Med Pharmacol Sci, 2018; 22 (12): 3855-3864. DOI:10.26355/eurrev_201806_15270

Kumar V, Chaudhary N, Garg M, et al. Current Diagnosis and Management of Immune Related Adverse Events (irAEs) Induced by Immune Checkpoint Inhibitor Therapy. Front Pharmacol, 2017; 8 (49): 14. DOI: 10.3389/fphar.2017.00049

Ellis SR, Vierra AT, Millsop JW, et al. Dermatologic toxicities to immune checkpoint inhibitor therapy: A review of histopathologic features. J Am Acad Dermatol, 2020; 83 (4): 1130-1143. DOI: 10.1016/j.jaad.2020.04.105

Gong J, Chehrazi-Raffle A, Reddi S, et al. Development of PD-1 and PD-L1 inhibitors as a form of cancer immunotherapy: a comprehensive review of registration trials and future considerations. J Immunother Cancer. 2018; 6 (8): 1-18. DOI: 10.1186/s40425-018-0316-z

Loqtorzi®: solução injetável. Redwood City: Coherus BioSciences. [bula de medicamento]. 2023: 26. Available in: https://www.coherus.com/. Accessed on: 19st Dez 2023.

Zynyz®: solução injetável. Wilmington: Incyte Corporation. [bula de medicamento]. 2023: 20. Available in: https://incyte.com/. Accessed on: 19st Dez 2023.

Jemperli®: Solução para diluição. Responsável técnico Rafael Salles de Carvalho. Rio de Janeiro: GlaxoSmithKline Brasil Ltda. [bula de medicamento]. 2023: 15. Available in: https://br.gsk.com/. Accessed on: 19st Dez 2023.

Gault A, Anderson AE, Plummer R, et al. Cutaneous imune-related adverse events in patients with melanoma treated with checkpoint inhibitors. Br J Dermatol, 2021; 185 (2): 263–271. 021. DOI: 10.1111/bjd.19750

Geisler AN, Phillips GS, Barrios DM, et al. Immune checkpoint inhibitor: related dermatologic adverse events. J Am Acad Dermatol, 2020; 83 (5): 1255-1268. DOI: 10.1016/j.jaad.2020.03.132

Naidoo J, Page DB, Li BT, et al. Toxicities of the anti-PD-1 and anti-PD-L1 immune checkpoint antibodies. Ann Oncol, 2015; 26 (12): 2375-2391. DOI: 10.1093/annonc/mdv383.

Wolchok JD, Kluger H, Callahan MK, et al. Nivolumab plus ipilimumab in advanced melanoma. N Engl J Med, 2013; 369 (2):122–133. DOI: 10.1056/NEJMoa1302369

Al-salama ZT. Durvalumab: A Review in Extensive-Stage SCLC. Target Oncol, 2022; 16 (6): 857–864. DOI: 10.1007/s11523-021-00843-0

Sibaud V. Dermatologic Reactions to Immune Checkpoint Inhibitors. Am J Clin Dermatol, 2017; 19 (3): 345–361. DOI: 10.1007/s40257-017-0336-3

Villadolid J, Amin A. Immune checkpoint inhibitors in clinical practice: update on management of immune-related toxicities. Transl Lung Cancer Res, 2015; 4 (5): 560–575. DOI: 10.3978/j.issn.2218-6751.2015.06.06

Common Terminology Criteria for Adverse Events (CTCAE). Version 5.0. U.S. National Institutes of Health National Cancer Institute. [s.l: s.n.]. Available in: <https://ctep.cancer.gov/protocoldevelopment/electronic_applications/docs/CTCAE_v5_Quick_Reference_5x7.pdf>. Accessed on: 10st Dez 2023.

Publicado

2024-06-30

Como Citar

1.
ALMEIDA LB, WINGERT NR, BARBOSA IA. Caracterização e avaliação de reações imunomediadas dermatológicas associadas a inibidores de checkpoint: um estudo observacional, longitudinal e retrospectivo em um serviço de oncologia de Salvador/BA. Rev Bras Farm Hosp Serv Saude [Internet]. 30º de junho de 2024 [citado 22º de novembro de 2024];15(2):e1129. Disponível em: https://rbfhss.org.br/sbrafh/article/view/1129

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS