Orientação farmacêutica e o impacto sobre a adesão medicamentosa em pacientes com amiloidose
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2024.152.1101Resumo
Objetivos: Identificar a adesão medicamentosa de pacientes com Amiloidose Cardíaca (AC), antes e após orientações Farmacêuticas e investigar sua associação com a qualidade de vida. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo antes e depois, de braço único e não randomizado. A seleção ocorreu entre pacientes com Amiloidose Cardícada por transtirretina (ATTR) incluídos em protocolos de pesquisa do Instituto do Coração do Complexo do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (InCor HCFMUSP). Realizou-se cinco consultas farmacêuticas, sendo a primeira de forma presencial e as demais por teleconsulta. Foram utilizados os questionários de qualidade de vida Kansas City Cardiomyopathy Questionnaire (KCCQ) e de adesão medicamentosa Brief Medication Questionnaire (BMQ). A adesão medicamentosa foi identificada e classificada em quatro categorias: aderente, provável aderente, provável baixa adesão e baixa adesão. Para estimar a associação entre adesão medicamentosa e qualidade de vida foi realizada uma análise por meio de ANOVA e teste t não pareado. Resultados: 11 participantes aceitaram participar de todas as consultas do estudo. A idade média foi de 74,2 anos (dp= 8,4), 95,2% eram homens e 47,6% possuíam ensino superior completo. A média do número de medicamentos em uso foi de 8 (dp= 2,9). 54,5% dos participantes foram classificados como aderentes. A associação entre a adesão medicamentosa e a qualidade de vida obteve significância para os domínios de Escore Total dos Sintomas e Sumário Clínico. Não houve significância nas correlações entre o número de medicamentos e KCCQ. Conclusões: O acompanhamento farmacoterapêutico mediado pela teleconsulta de pacientes com Amiloidose Cardíaca podem melhorar em pelo menos um domínio do KCCQ.
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