Intervenção Farmacêutica: descrição do papel do farmacêutico clínico em unidades de terapia intensiva
DOI:
https://doi.org/10.30968/rbfhss.2022.132.0766Resumo
Objetivo: Descrever e analisar o perfil de intervenções farmacêuticas através da identificação e classificação dos problemas relacionados a medicamentos (PRM) e realização de intervenções farmacêuticas visando evidenciar a importância do farmacêutico clínico intensivista. Metodologia: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo dos resultados do serviço de acompanhamento farmacoterapêutico direcionado aos pacientes críticos internados nas UTI’s Cardiológica e Geral de um hospital público estadual. Os dados foram coletados, no período de 01 de setembro de 2020 a 30 de março de 2021, por meio de relatório de acompanhamento farmacoterapêutico institucional e os PRM identificados, quantificados e classificados conforme a Pharmaceutical Care Network Europe. Os medicamentos envolvidos nos problemas foram categorizados utilizando o Anatomical Therapeutic Chemical. Resultados: Um total de 331 pacientes foram acompanhados no período do estudo, com identificação de 181 PRM. Destes, a maior parte foi relacionada à evento adverso (possivelmente) representando (34,8%) e indisponibilidade ou inadequação de apresentação farmacêutica (29,8%). As principais causas dos PRM identificados foram forma farmacêutica inadequada (19,3%) e medicamento prescrito não disponível (19,3%). A maior parte dos problemas (24%) relacionava-se à classe dos medicamentos que atuam no sistema nervoso e à classe dos anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (23%). Das recomendações realizadas para a otimização da farmacoterapia, 98,3% foram aceitas sendo prevalente a sugestão de alteração da forma farmacêutica (22,1%). Conclusão: A alta aceitabilidade das intervenções sugeridas pelo farmacêutico clínico intensivista reforça a importância e necessidade dos serviços clínicos prestados por este profissional da saúde.
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